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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Saga de uma manhã congelante


6h da manhã, despertador tocando, 12 graus de temperatura, manhã de segunda feira. Essa combinação deveria ser perfeita para se virar de lado e continuar dormindo, mas não. Somos peões e temos que encarar a segundona com toda a disposição. Afinal, é só mais uma semana, né?

Levanta da cama, tirando os 578 cobertores que foram se acumulando em cima de você ao longo da noite, muitos deles apareceram misteriosamente ali. No quarto escuro, às vezes não se acha o chinelo e... Pimba. Pé no chão gelado e quase um choque térmico. Nessas horas felizes são os burgueses que dormem de meia.

Ao sair do quarto quentinho, mais um choque, desta vez por abrir a porta e sentir aquele ar da Patagônia bem na sua cara. Bom... chega de lero-lero, pois o tempo voa. Hora de entrar no banho. Talvez a pior parte. Tira a roupa, enquanto o chuveiro está aberto, já pra esquentar a água e formar aquele bafo no banheiro, que o deixa um pouco menos gelado.

E justamente agora que o chuveiro esquentou, já é hora de sair, porque além de gastar muita água e energia, sua mãe e sua irmã estão esperando pra tomar banho (menos preocupadas, pois você já esquentou o banheiro pra elas). Pra se enxugar, outro drama. O calor que a água quente produziu some em segundos, quando você sai do Box.

Enfim... ainda temos pelo menos três meses de sofrimento, já que o inverno ainda nem chegou e já estamos penando pra levantar todos os dias. Nessas horas dá pra entender por que os Vikings tomavam banho só de sábado...



José Luiz Guerra