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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ser Emo é...


O que é ser Emo? Uns dizem que é estilo de vida, outros falam que é coisa de viado, mas os próprios Emos dizem que não são. Mas de onde surgiram essas desgraças?

A moda do Emo não é tão antiga assim. Tem mais ou menos uns 30 anos e caracteriza-se como uma dissidência do Hard Core, mas com um toque de romantismo, fossa e crise existencial. Algumas bandas, como The Cure, com a famosa “Boys don’t cry” ajudaram a impulsionar o que hoje é febre, nas vozes de Fresno, Restart, Dance of Days entre outras bandas.

No entanto, os Emos têm uma grande peculiaridade, além de jurarem que não são Emos: adoram pessoas do mesmo sexo. Mas não é uma homossexualidade declarada. Eles apenas querem provar novas experiências. E quando acham de deixaram de ser Emo (o que é impossível, já que, uma vez Emo, sempre Emo), voltam a suas condições normais.

Encontrar um Emo na rua é fácil: basta ir a Avenida Paulista a noite e ver um grupo de pessoas escrotas, vestidas com roupas das mais variadas cores, com uma gigantesca franja cobrindo um olho, várias tatuagens meigas, como ursinhos e corações, além de uma série de alargadores e piercings pelo corpo. A depressão e a atitude suicida também acompanham essas criaturas, que costumam chorar e até tentar se matar por motivos fúteis.

Já o Emocore é de chorar... de raiva. Cantores excêntricos, letras deprimentes e nomes de banda que geralmente são acompanhadas por números, como NXZero ou CPM 22. Nos show, a histeria é irritante. Meninos e meninas, que são conhecidos como “senhorita alguma coisa” gritam como se estivessem sofrendo tortura.

Espero que a moda Emo seja apenas uma moda, porque senão, não teremos mais Sexo, Drogas e Rock’n Roll, mas sim Punheta, Smirnoff Ice e Restart.



José Luiz Guerra

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Reveillón na Praia Grande


Já passou o natal e agora todo mundo só pensa em uma coisa: arrumar as malas pra viajar e curtir a virada do ano na praia. E quase todo mundo tem um mesmo destino: a Praia Grande.

No dia 26 bem cedinho é hora de colocar as malas no carro e pegar a estrada. Hora de esquecer a ressaca do natal e preparar o fígado para a bebedeira do ano novo. Nesta época, os amortecedores dos carros costumam chegar ao limite, pois além da família inteira dentro do carro, ainda tem a bagagem que, pelo volume, deveria ser transportada por um caminhão da Granero.

Enfim, pé na estrada e já no começo da viagem, o carro para. Na sua frente, um mar de carros com os motores desligados e os motoristas fora deles, esticando as pernas, fazendo um xixizinho e tentando arrumar algum meio de driblar o calor e o tempo de espera para chegar à praia. Nesta época, a viagem que duraria uma hora chega a demorar oito. E nem adianta tentar entrar no Mc Donalds da Imigrantes, pois ele está mais cheio do que saco de genro que mora com a sogra.

Depois de muita espera, enfim, a praia. Mas parece que todo o calor da rodovia não desceu a serra junto com você e o clima na praia é de chuva. Bom, pra quem ficou quase um dia inteiro na estrada, ir pra praia na chuva não é nada.

Hora de tirar as coisas do carro. A casa, alugada há mais de seis meses, é pequena e sem garagem. O jeito é estacionar na rua. Mas em que rua??? É mais fácil encontrar uma bactéria fosforescente no chão do que achar uma vaga na rua.

Roupas guardadas, comida estocada, hora de ir para a praia, nadar na mesma água onde são despejados os dejetos de todos os habitantes e turistas da Praia Grande, inclusive os seus, se isso servir de consolo. Micose e diarréia não são nada raras nessa época do ano e isso acontece há décadas...

O dia escurece e é hora de voltar para casa. Não sem antes comer um queijinho assado na hora dentro de uma lata de tinta Suvinil prá lá de higiênica. E como todo mundo é filho de Deus, hoje não tem janta. Vamos comprar um pãozinho e comer com presunto e queijo. Ao chegar à padaria, uma fila quilométrica que dá até impressão de que estão distribuindo comida de graça. E a espera pela compra do pão é regada a muito funk, tocado por dezenas de imbecis em seus carros, que passam a todo o momento, crentes que estão chamando a atenção das piriguetes.

E como se não bastasse, vizinho bom é vizinho fiel. Sim, pois o cara que enche o saco todos os dias em São Paulo, Também está na Praia Grande, na casa ao lado da sua. Pelo menos isso te ajuda a não sair muito da rotina, né?

Esse foi só o primeiro dia. Ainda tem muito mais pra acontecer. Muita cerveja, funk, esgoto na água, fila pro pão, sem contar que o mesmo trânsito da ida, também será o da volta. Nada que não possa ser encarado com muito bom humor e com a certeza de que, na Praia Grande, tudo acontece.


José Luiz Guerra

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Por que levo tudo na brincadeira?


Não há nada mais chato do que um ambiente onde pessoas convivem por horas, como no trabalho ou na sala de aula sem olharem um na cara do outro. Pior ainda é quando todos ficam em um silêncio fúnebre, fazendo o ambiente parecer um velório.

Em algumas situações, claro, é preciso manter o foco, pois nem tudo na vida pode ser levado na brincadeira. Porém, bom humor e gentileza não fazem mal a ninguém. E não estou falando especificamente de alguém, pois todo mundo, sem exceção, um dia conviveu ou irá conviver com alguém assim.

A vida sem brincadeira fica sem gosto. A única forma de melhorar sua auto-estima é entender que, em alguns momentos, é preciso “quebrar o gelo” e deixar a tensão longe de seu corpo e de sua mente. Uma piadinha, mesmo que sem graça, não faz mal a ninguém.

O melhor exemplo disso é o trabalho. Provavelmente ninguém é 100% satisfeito com seu emprego e isso algumas vezes lhe rende situações de stress e perda de controle emocional. A partir daí, sua visita diária ao local de trabalho se torna uma tortura, na qual só falta você desenhar pauzinhos na parede, como um presidiário, na tentativa de que o tempo passe.

Uma das alternativas para diminuir um pouco o martírio é se levantar para tomar café, mas não demore pouco tempo a ponto de nem deixar a fumaça sair do copo e nem muito tempo para não fazer seu chefe pensar que você foi plantar o café. Encontre um meio termo.

Se você está engafinhado em um texto mais chato do que Os Lusíadas em alemão, tente entrar em um site de humor e ler algumas piadas. Não abra e-mails porque se por acaso você abrir uma corrente, vai ficar com a consciência pesada, achando que vai ficar sem sexo por 10 anos ou que vai cair em um revolucionário golpe criado por bandidos e vai querer mandar esse e-mail pra todos os seus contatos.

Na aula, também dá pra desviar o foco, mas infelizmente não dá pra usar o computador ou outros parelhos revolucionários. Enquanto a professora explica, coloque uma revista de sua preferência dentro do livro correspondente a aula e o deixe na vertical. Assim a professora te vê com os olhos colados no livro e não encherá seu saco, pois imagina que você está estudando.

Por isso, tente transformar sua rotina. Não é mudando de emprego ou de escola que você melhora sua auto-estima. Deve-se melhorara a si mesmo antes e deixar a alegria entrar na sua vida, afinal, pra que levar a vida a sério, se nascemos de uma gozada?


José Luiz Guerra