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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Devemos dar crédito ao Mano Menezes?


O Brasil mais uma vez deu vexame. Agora diante do Paraguai, a seleção criou algumas chances, fez boas jogadas, mas esbarrou na forte defesa adversária e depois de 120 minutos conseguiu uma proeza que dificilmente se repetirá: perder todas as cobranças de penalidades.

O futebol apresentado desde a chegada do treinador realmente não encanta. E isso não é achismo, e sim uma convicção, fruto dos últimos resultados obtidos em amistosos e o mais recente da Copa América. Entretanto, devemos nos deparar com alguns fatos:

1 – Mano Menezes, apesar de relativamente jovem, tem em seu currículo passagens por dois grandes clubes brasileiros, Grêmio e Corinthians, além de ótimos trabalhos em clubes de menos expressão, como o gaúcho 15 de novembro de Campo Bom;

2 – Chegou à seleção com a responsabilidade de substituir Dunga, demitido após a eliminação na copa da África, e de renovar o grupo da seleção;

3 – Era o plano “B” na CBF, depois de Muricy Ramalho que na época foi procurado, mas não teve liberação do Fluminense, clube que treinava na ocasião;

4 – No processo de renovação, trouxe Neymar, Ganso, Lucas, três dos principais jogadores na atualidade e que jogam no Brasil, coisa difícil de se imaginar nos últimos anos;

5 – Tem alguns nomes de confiança, como André Santos e Robinho, com lugar cativo no time titular, mas que pouco produzem durante os jogos;

6 – Como todo treinador da seleção, tem pouco tempo pra treinar o time e esbarra na diferença entre o calendário europeu e o brasileiro, fator que influencia no condicionamento físico de cada atleta.

Enfim, temos inúmeros itens para defender ou para criticar o treinador, mas nessa Copa América será difícil dar destaque a alguém. O momento para testar um jogador com a camisa da seleção é em um amistoso. Para competições oficiais, os jogadores já deveriam ter sido testados em pelo menos três jogos, coisa que não aconteceu. E essa falha é coletiva, vindo desde o presidente da entidade, responsável pelo agendamento de amistosos e pelo calendário do futebol nacional até o treinador, que convoca os jogadores e escala o time ideal.

Em alguns momentos, Mano Menezes falhou. Entretanto, ainda merece a confiança de Ricardo Teixeira, já que, se em um clube a troca de treinador constantemente nem sempre resolve, imaginem




José Luiz Guerra

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Não deixe o Rock morrer


Nesta semana, mais precisamente em 13 de julho, comemoramos o dia mundial do rock. E este dia é comemorado desde 1985, quando diversas bandas como Queen, Led Zeppelin, Scorpions entre outras tocaram simultaneamente em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos com o intuito de arrecadar fundos para a erradicação da fome na Etiópia. O evento foi chamado de Live Aid.

Algumas datas são lembradas por conta da morte de mártires da história. No Brasil, por exemplo, 21 de abril é lembrado como o dia da morte de Tiradentes e 20 de novembro, agora chamado de dia da consciência negra, marca o falecimento de Zumbi dos Palmares. Mas você deve estar se perguntado: o que essas datas tem a ver com o dia mundial do Rock?

Bom, em primeiro lugar, não estou escrevendo pra engrossar o coro de que 13 de julho vire feriado, como 21/04 e 20/11 já são. Meu protesto é para que o dia mundial do Rock não seja um dia de lembrar-se de quem já morreu. Mas a evolução da música é o que mais preocupa.

Pense em uma pessoa, amante do Rock, que tenha nascido nos anos 50 e que ainda está curtindo a vida. Pois bem... essa pessoa que cresceu ao som de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Queen, Rolling Stones entre outros, hoje vê o rock “representado” por Restart, Cine, NX Zero... É ou não é pra querer morrer?

Se ainda temos discos, fitas, CDs e DVDs para não nos deixar esquecer estes mitos, devemos preservá-los como verdadeiras relíquias. Se hoje somos bombardeados por pseudo astros, não podemos nos esquecer que já existiram Freddie Mercury, Roger Waters (ainda vivo) que deixarão seu legado para pessoas que nem mesmo os viram em ação.

Por fim, não deixem o Rock morrer. Vamos lembrar a cada 13 de julho que o Rock, assim como o Samba, o Jazz, o Soul, o Funk, o Reggae e outros ritmos só se popularizaram porque figuras quase que mitológicas fizeram parte de sua história e todos que tentam copiá-los, muitas vezes acabam os depreciando. Tem coisas que não se copiam, apenas se admiram...



José Luiz Guerra