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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A verdadeira Música Popular Brasileira


             Já virou chavão: sempre que você conhece alguém na balada, barzinho ou em qualquer outro lugar, uma das primeiras perguntas que se faz, além é claro de saber o nome do sujeito, é saber quais as suas preferências, entre elas qual a música predileta. Uns falam que é sertanejo, outros rock e quase sempre todo mundo diz que gosta de MPB – Música Popular Brasileira. Mas afinal, o que é a MPB?
            Quem gosta mesmo da música popular brasileira sempre diz que adora Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethania, ícones da nossa música que cantam há anos e fazem com que suas músicas nunca se percam no tempo. Mais ainda: durante a ditadura militar, foram responsáveis por escrever músicas que atacavam o governo nas entrelinhas, transformando protesto em poesia.
            Pois bem: nos últimos meses, quantas vezes você foi a um show destes artistas? Ou quantas vezes você ouviu falar em um show desses artistas? Por esses e outros motivos que nossa música popular não é tão popular assim... E também nem tão mais brasileira. Um bom exemplo foi na Copa de 2006, na Alemanha. A organização do evento promoveu shows de Caetano Veloso e Chico Buarque, que teve ingressos esgotados meses antes do evento. Carlinhos Brown, outro representante da música nacional, fez uma apresentação para mais de 2 milhões de pessoas na Espanha, no ano de 2005, enquanto no Brasil, foi recebido à garrafadas quando entrou no palco para mais um show.
            Temos que (infelizmente) admitir que a Música Popular Brasileira não é aquela que nos faz refletir sobre a política, a pobreza e sobre o mundo. A MPB de hoje é o Funk, o Pagode, o Axé, o Forró exigem de quem a ouve nada mais do que uma dança.

            José Luiz Guerra

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A morte da malandragem


            O que é um malandro? Como age, como se veste, o que fala, o que faz? Essas são questões que muitas vezes nos fazem pensar em um estereótipo deste sujeito que ora se define como alguém que sabe lidar com as dificuldades do cotidiano e ora é visto como um marginal, sinônimo de mau exemplo.
            Nos dias de hoje, principalmente para os pobres mortais como nós que andamos de ônibus pra cima e pra baixo, não é difícil encontrar um cidadão que entra no coletivo lotado, cheio de corrente de “ouro” óculos da “Oakley” (tudo original, viu!) e com o celular acoplado a uma caixa de som ouvindo funk no último volume e achando que todas as 289 pessoas daquele coletivo compartilham com sua preferência musical. Pois este sujeito tem a certeza de que é o malandro puro sangue.
            Na concepção de Bezerra da Silva, o malandro é “o cara que sabe das coisas, sabe o que quer, sempre está com dinheiro e não se compara a um Zé Mané”. Já Gabriel o Pensador diz que a “malandragem é saber sobreviver em paz, saber a hora de falar e de ficar calado e respeitar para ser respeitado”.
            Fato é que o conceito de malandro já não é tão específico desde 17 de janeiro de 2005, quando morreu Bezerra da Silva. Tentar passar os outros para trás deixou de ser malandragem e virou safadeza. Andar com boné de aba reta e balançando os braços na rua, agora é idiotice. Por isso, aqueles que ainda insistem em dizer que são malandros, entendam: a malandragem, pura e original, está morta!

            José Luiz Guerra

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Maldita Gripe!!!


            Existe algo pior nesse mundo do que uma gripe? Aquela sensação de que você foi atropelado por um rolo compressor dirigido pelo Jô Soares, sem conseguir respirar, tossindo como um porco agonizante e vendo que a hora de levantar para trabalhar chega cada vez mais rápido.
            Para piorar, quando você chega ao trabalho, depois de pegar aquele belo trânsito, ainda aparece o dobro de trabalho que você teria em um dia normal que não tivesse passado por todo aquele apuro que levou todo seu humor. E pra piorar, a chance de cair um temporal exatamente na hora em que você está de saída é enorme, graças a lei que mais funciona neste mundo, a lei de Murphy.
            Mas o que fazer quando a gripe te pega? Além de ficar como um zumbi durante o dia, falando mole e trocando o “M” pelo “B”, é preciso tomar alguns cuidados, como não compartilhar alimentos ou objetos, lavar as mãos constantemente e principalmente se alimentar bem e ingerir bastante líquido (menos cachaça, né. Guarde para comemorar sua melhora).
            Tomar antigripais às vezes ajuda, mas não esqueça que, como todo medicamento, é preciso consultar um médico.

José Luiz Guerra