Falcão, Waldick Soriano, Sidney Magal... Quando eles aparecem na TV, todo mundo já pensa: “Lá vem besteira...” De fato, a maioria de seus músicas tem letras sem nenhum fundo de seriedade, mas se tornaram populares e são cantadas a todo momento.
Atire a primeira pedra a mulher que nunca cantou versos como “Você é luz, é raio estrela e luar...” enquanto fazia os serviços domésticos. E o machão, que enquanto lava seu carro começa com o célebre verso “Eu não sou cachorro não...”. Involuntariamente a música entra nas nossas cabeças e demoram pra sair.
Com a onda do Trash Music, cantores como Wando e Reginaldo Rossi, por exemplo, deixaram de ser cantores românticos (se é que um dia foram) e se tornaram ícones do brega, chegando até mesmo a aceitar o rótulo. Ou você, leitor, acha que a mulherada joga calcinhas para o Wando porque ele é galã?
Geralmente, essas letras falam de sogra, chifre, e amores mal resolvidos, temas que assolam grande parte dos brasileiros. As músicas acabam se tornando uma espécie de válvula de escape para os que sofrem destes males e acabam se tornando populares.
Música brega é cultura popular, é o dia a dia do povo. Por mais que alguns não gostem, ela faz parte do cotidiano e passará de geração para geração, até o dia em que os problemas cotidianos não forem mais encarados como bom-humor, tornando-os menos sofridos.
José Luiz Guerra
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