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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Orgulho de ser semi - nordestino

 Hoje de manhã cheguei no trabalho e resolvi procurar algumas músicas do grande Luiz Gonzaga para ouví-las e tentar entender a essências de suas canções. Nos versos do rei do baião podemos ver o quanto o povo nordestino sofre. E se o que vemos hoje ainda é um cenário de completo abandono, imegine então há 50 anos atrás, quando os costumes eram totalmente diferentes.
 Pois bem... Sou neto de Luiz Ribeiro dos Santos e Alice Ribeiro dos Santos. O primeiro, baiano de Jeremoabo, veio para São Paulo ainda jovem, com 18 anos, no ano de 1949, sozinho, para encontrar com seu pai e tentar sorte melhor na vida do que a que levava no interior da Bahia. A segunda veio um pouco antes, em 1948, junto com sua mãe e uma irmã também em busca de trabalho e de uma vida digna.
 Os anos se passaram, as vidas de Luiz e Alice se cruzaram longe do Nordeste e desde 1951 pasaram a lutar juntos por uma vida digna. Não enriqueceram, mas hoje se orgulham de ter uma casa própria, um carro, 5 filhos e 10 netos criados e seguindo o caminho do bem, principal ensimanento de Luiz e Alice.
 Essa breve história serve apenas para mostrar o quanto uma pessoa sofre para conseguir alguma coisa na vida, principalmente quando o início desta batalha nos deixa em desvantagem perante aos desafios. Assim como esses dois nordestinos citados acima, mais de 2 milhões que vivem só em São Paulo e outros tantos espalhados pelo país viveram ou vivem o mesmo problema.
 Diferentemente das décadas anteriores, São Paulo já não é mais uma boa opção para quem busca uma vida melhor, levando-se em conta a superpopulação daqui e o desenvolvimento de grandes cidades nordestinas que permitem um deslocamento menor os que buscam trabalho.
 Luiz Gonzaga conseguiu nos mostrar que o nordestino, além de um povo batalhador e perseverante, é bem humorado, pois consegue fazer piada com sua próprioa desgraça. Infelizmente muitos ainda sofrem preconceito de grupos isolados ou até da própria sociedade. No entando, este legado jámais será esquecido e o povo nordestino pode sempre lembrar do velho Gonzagão como seu conselheiro.
 Termino este breve texto deixando meu abraço a todo povo nordestino e esperando que um dia e desigualdade que ainda teima em existir possa acabar.


José Luiz Guerra

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