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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por que sou Chavesmaníaco?

            Como explicar o vício no seriado Chaves? Como uma série que tem 50 anos de existência ainda resiste ao tempo, mesmo deixando de ser gravada há quase 20 anos? Por que Chaves e Chapolin ainda ocupam horários na programação tanto no SBT quanto agora no Cartoon Network?
            Os seriados Chaves e Chapolin foram criados nos anos 1960 e chegaram ao Brasil na década de 1980, junto com um conglomerado de novelas mexicanas. A condição,  no entanto, era a de que Silvio Santos, comprador do pacote, veiculasse todos os programas adquiridos. Sem muitas pretensões, o homem do baú pediu que os episódios de Chaves fossem dublados e, sem querer querendo, acabou descobrindo uma mina de ouro.
            De lá pra cá se passaram quase 30 anos ininterruptos desde a primeira aparição do menino do barril na TV brasileira. Os que praticamente nasceram junto com o seriado no Brasil, caso deste que vos escreve, se acostumaram a ligar a televisão na hora do almoço e gargalhar com piadas mais repetidas, efeitos especiais toscos e diversos erros de gravação, mas que não tiram a inocência da trupe mexicana.
            Roberto Gomes Bolaños (ator que interpreta o Chaves e o Chapolin) realmente foi e ainda é um gênio. Conseguiu fazer com que sua criação fosse traduzida para mais de 20 idiomas, entre eles mandarim e árabe, e fizesse o mesmo sucesso em todos os países por onde passa.
            Talvez nossa identificação com Chaves se dê por causa de sua história triste de um garoto órfão, pobre e sujo, retrato de um menino do terceiro mundo. No entanto é difícil explicar como Chaves atrai a atenção de milhões de pessoas, de todas as idades e classes sociais.
            Certo mesmo é que parece que a obra de Chespirito (pequeno Shakespeare, como Bolanõs é conhecido no México) caminha para a eternidade, sem exageros. E como sou chavesmaníaco, teria assunto para escrever páginas e páginas sobre a série. Mas prefiro revelar a provável causa de todo esse vício: nasci em 23 de setembro de 1985, uma segunda feira, as 13h05. Neste horário, como acontece até hoje, estava passando Chaves.

José Luiz Guerra

Um comentário:

  1. E pode ter certeza que o Chaves durará ainda milhões de gerações! Parabéns pelo lindo texto!

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